Primavera potencializa surgimento de alergias oculares, revelam oftalmologistas

A Primavera proporciona beleza aos olhos de quem a contempla, mas também é um período de alerta à saúde ocular. Isso porque, de acordo com Renata Fahl, oftalmologista da Oftalmoclin - empresa do Grupo Opty na Bahia, além dos típicos problemas respiratórios, é comum aumentar a incidência de alergia ocular nesta época. E um dos motivos é a maior presença de pólen no ar - alérgeno muito comum, que é liberado naturalmente pelas flores, sem falar no clima mais seco.

“Em média, seis entre dez pacientes portadores de alergia costumam apresentar manifestações nos olhos. O problema começa quando o sistema imunológico do paciente reage às partículas suspensas na atmosfera, como se fossem corpos estranhos. Essa reação exagerada se reflete em sintomas que, além de incomodar, podem desencadear problemas mais graves. Há pacientes, por exemplo, que coçam os olhos com tanta frequência, que acabam por deformar a córnea, podendo desencadear uma doença chamada ceratocone – condição ocular em que a córnea se curva para fora”, detalha Renata Fahl.

Além da coceira, o oftalmologista Murilo Barreto, da OftalmoDiagnose – que é outra unidade do Grupo Opty no estado, conta que as principais queixas dos pacientes incluem olhos vermelhos, irritação, inchaço das pálpebras e lacrimejamento. Neste contexto, as dicas do médico incluem evitar o contato com substâncias que sabidamente desencadeiam a alergia; manter os ambientes bem arejados e expostos ao sol; deixar o filtro do ar condicionado sempre limpo; evitar locais com muita poeira, e, caso os sintomas apareçam, evitar coçar os olhos.

Murilo Barreto diz ainda que, apesar de ocorrer principalmente em pessoas que apresentem alergia em outras partes do corpo, como asma e rinite, a alergia ocular também pode ocorrer de forma isolada, sendo o oftalmologista o profissional mais indicado para diagnosticar e prescrever toda e qualquer medicação para os olhos: "portanto, não hesite em procurar um especialista se houver a persistência dos sintomas, e jamais faça uso de colírios sem prescrição médica”, recomenda o oftalmologista.